Preso
vai o conde
O
Pe. Firmino Martíns, abade de Baçal, recogió en Vinhais
(Portugal) a principios del s.XX (Folklore do Concelho
de Vinhaes, I, 208s):
Preso
vai o conde, preso,
preso
vai arreatado;
nâo
vai preso por ladrâo,
nem
por homem ter matado;
por
zombar duma donzela
caminho
de Sat Iago.
E
nâo bastou ele zombar dela,
entregou-a
ao seu criado.
Ela
discreta que era,
ao
rei se havía queixado;
el-rei
deu-lhe um conselho,
que
nem o melhor letrado:
-
Ou ha-de casar contigo,
ou
ha-de ser degolado.
-
Mais quero morrer sem culpa,
que
viver injuriado;
nâo
me enterrem na igreja,
nem
tampouco no sagrado;
levaime
a aquel campo santo
onde
fazem o mercado;
deixaime
a cabeça fora
e
o cabelo entrançado,
de
cabeceira me ponde
a
cela de meu cavalo,
que
digam os passageiros:
¡Deus
te salve mal logrado!
morres-te
de mal de amores,
nâo
ha mal mais desgraçado.
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delhommeb
at wanadoo.fr - 11/05/2018
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